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O Brasil é o país com a maior concentração de renda do mundo entre o 1% da população mais rica, como aponta a Pesquisa de Desigualdade Mundial 2018. Neste cenário, os jovens do ensino médio desejam que o mínimo seja garantido para a educação: mais segurança, uma boa infraestrutura e professores comprometidos.
No entanto, os alunos também querem transformar as próprias perspectivas em relação ao ambiente escolar: eles anseiam por acesso às novas tecnologias e pela construção de um espaço inclusivo. É o que mostra a Pesquisa Repensar o Ensino Médio, realizada pelo movimento Todos pela Educação e apoiada pelo Itaú BBA e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Se "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção", como dizia Paulo Freire, de que maneira a tecnologia pode contribuir para que a educação deixe de ser um privilégio? Para Ricardo Falzetta, jornalista com ampla experiência em projetos educacionais, a palavra-chave dessa questão é acesso. "Quando você tem a informação em rede e acesso fácil, você favorece mais quem tem menos".
Dos 1.551 estudantes do país que participaram da pesquisa, 72,3% acreditam que as aulas de informática são um dos atributos mais relevantes para o ensino nas escolas que, em contraponto, apresentam o maior índice de insatisfação por parte dos alunos. A baixa satisfação pode indicar a má infraestrutura das salas de aula, assim como fragilidades na preparação do docente para atividades que contemplam a utilização de dispositivos eletrônicos como ferramenta de aprendizagem.
Atender as condições básicas é o requisito mínimo para que bons resultados sejam alcançados e, dessa forma, para que melhores sistemas sejam implementados. "Sem infraestrutura bem resolvida, você continua perpetuando as desigualdades. É preciso parar de pensar no mínimo e começar a pensar no máximo na área de educação", ressalta Ricardo.
Em se tratando da tecnologia voltada para o ambiente de aprendizagem, é essencial que o professor tenha uma formação estruturada e planejamento para utilizar esses recursos, pois é um tipo de abordagem que exige tempo e dedicação para ser consolidado. É o que afirma Danilo Leite Dalmon, coordenador de projetos de educação do Instituto Natura, que já trabalhou como professor universitário. "Sempre fui atrás de recursos tecnológicos que me auxiliassem a ser um profissional melhor. Acredito que isso permite um aprendizado que pode ser ainda mais abrangente e completo e que muda inclusive a motivação do estudante", complementa.
Com o auxílio da informação em rede, os alunos têm novas possibilidades de construção de conhecimento, explica Clara Cecchini, coordenadora de projetos direcionados à educação. "Quanto mais o professor conseguir se apropriar dessas ferramentas, mais ele vai conseguir gerar atividades que façam sentido para os alunos. Você deixa de ter uma fonte única de conhecimento e na rede há muita coisa a ser explorada".
Há iniciativas que buscam facilitar e complementar o trabalho dos educadores em sala de aula utilizando a tecnologia. Um exemplo é o projeto Weleto, plataforma de gestão de aprendizagem desenvolvido pela Caiena junto da pedagoga Lilian Neves. A plataforma digital otimiza a gestão pedagógica e reúne recursos de gestão da aprendizagem relacionados à articulação de saberes, assim como ferramentas voltadas para professores e alunos. No sistema, os alunos têm a visão geral do currículo escolar, permitindo que eles se programem em relação aos conteúdos que ainda irão aprender. Além disso, os estudantes também podem ser avaliados pelos professores por meio de atividades realizadas dentro da plataforma. O Weleto potencializa o fomento às mudanças das práticas educativas e articula a escola ao mundo ao abordar atualidades, desafios, avaliações e currículos.
Segundo a Pesquisa de Desigualdade Mundial, em países que possuem a menor concentração de renda do mundo, como Finlândia e Noruega, o sistema educacional tem sido uma referência mundial devido à combinação de dois fatores: valorização do ensino gratuito e universal e investimentos na área tecnológica. Os dois países nórdicos possuem os maiores Índices de Desenvolvimento Humano e também ocupam os primeiros lugares do ranking de capital humano do Fórum Econômico Mundial. No mesmo ranking, o Brasil ocupa a 77ª posição, entre 127 países analisados.
Além de proporcionar uma experiência mais inclusiva, a tecnologia poderia resolver uma das lacunas deixadas pela falta de acessibilidade geográfica, motivo pelo qual aproximadamente 40% dos estudantes (15 a 19 anos) não ingressam no ensino técnico e profissionalizante, como apresenta a Pesquisa Repensar o Ensino Médio. Com a garantia de uma boa estrutura e acesso à rede, o conhecimento pode ser mais acessível. "Se uma escola fica em um lugar menos favorecido, como na periferia, você precisa ter um bom acervo de material didático e tecnológico para compensar as dificuldades. Tem muita criança que vai para a escola e tem a única refeição do dia. A escola tem esse poder, assim como a tecnologia", conclui Ricardo.
Para ler mais sobre as pesquisas e autores citados nesse texto, acesse os links abaixo: