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O home office se torna possível para cada vez mais profissões. Mas o que empresas precisam fazer para tornar esse modelo de trabalho sustentável em longo prazo?
O trabalho remoto é uma tendência em crescimento e muitos estudos já demonstraram que o modelo traz vantagens tanto para empresas quanto para profissionais.
Nas últimas semanas, a pandemia do novo coronavírus deu volume às discussões sobre o tema, e a necessidade de isolamento social tem demonstrado que uma série de atividades, até então presenciais, podem ser adaptadas e realizadas à distância.
No entanto, o home office também possui seus desafios. Para que ele seja sustentável à longo prazo, é preciso que as empresas passem por uma mudança cultural. A boa notícia é que essa mudança pode beneficiar o ambiente corporativo mesmo nos casos em que a dinâmica de trabalho continua sendo total ou parcialmente presencial.
Leia também: Saúde mental em tempos de coronavírus
Como preparar a empresa para o trabalho remoto?
As mudanças necessárias para que o home office seja uma prática sustentável podem ser resumidas a um único termo: cultura de confiança.
A cultura de confiança possui alguns pilares principais: comunicação, autogestão, transparência e reconhecimento. Ao trabalhar esses elementos, a organização da empresa constrói um contexto propício ao diálogo, à autonomia, à criatividade e à identificação do colaborador com o trabalho que exerce. Algumas das vantagens, apresentadas no estudo The Neuroscience of Trust, Paul J. Zack, são:
- 106% mais energia no trabalho;
- 74% menos estresse;
- 76% mais engajamento;
- 50% mais produtividade;
- 29% mais satisfação pessoal;
- 40% menos burnout;
- 13% menos dias de afastamento.
Como fortalecer os pilares da cultura de confiança?
- Comunicação
A comunicação entre os talentos e entre as lideranças e seus times deve ser ampla e aberta. Isso envolve feedbacks constantes, estímulo à exposição de ideias, opiniões e dúvidas e uma postura de moderação e incentivo por parte dos líderes. Comportamentos como a deslegitimação de sugestões e a represália diante de dúvidas e dificuldades minam a confiança e o engajamento dos talentos. - Autogestão
A autogestão é uma das coisas que mais demonstra aos funcionários, na prática, a confiança que a empresa deposita neles. Ela pode se traduzir e se empregar de diversas maneiras, a depender da realidade de cada setor. Alguns exemplos são os horários flexíveis, a possibilidade de escolher em quais projetos se deseja trabalhar e a liberdade para priorizar e organizar suas próprias tarefas. - Transparência
O engajamento, a identificação e a segurança dos talentos em relação à empresa dependem muito do quão transparentes os líderes são em relação a questões financeiras, perspectivas para o futuro, resultados obtidos com projetos e outros assuntos relacionados ao negócio. Ter uma comunicação interna transparente e completa evita suposições e boatos que podem prejudicar a confiança dos talentos. - Reconhecimento
O reconhecimento está ligado aos feedbacks, mas pode (e deve) acontecer independentemente dos momentos oficiais de conversa sobre desempenho. Demonstrar que o comprometimento, a criatividade, as ideias e as entregas de cada um cumprem papel essencial para o desenvolvimento da empresa é importante para manter os colaboradores satisfeitos com o trabalho.
Por fim, utilize este momento em que o trabalho remoto é necessário, para testar ferramentas e métodos, mas não meça a produtividade e a adaptabilidade de seus colaboradores a partir da experiência atual. Estamos vivendo um momento de crise global, com altos níveis de incerteza, preocupação e isolamento. Nesse contexto, não é razoável esperar que todos produzam em sua máxima capacidade.
Agora que você sabe mais sobre gestão de pessoas e home office, conheça também as nossas vagas. Quem sabe você participe de um onboarding remoto conosco em breve?