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Quando o assunto é metodologia ágil, não podemos deixar de falar sobre MVP (Minimum Viable Product, “produto mínimo viável”). O conceito refere-se à entrega de um produto que atenda minimamente às necessidades para as quais está sendo criado.
Logo, um MVP permite compreender se uma solução está no caminho certo ou precisa de mudanças, para que sua elaboração ocorra com a maior velocidade e qualidade possível.
Para explorar o tema MVP em projetos de tecnologia, trouxemos insights compartilhados por especialistas das metodologias ágeis Scrum e Lean sobre o produto mínimo viável.
Vale lembrar que existem muitas outras metodologias que abordam o MVP, mas entendemos que essas são essenciais nesta conversa, e que vão te ajudar na compreensão inicial sobre essa relação.
Para completar, também listamos algumas sugestões de como construir um MVP de forma bem sucedida, a partir das orientações baseadas em metodologias ágeis. Boa leitura!
Navegue pelo conteúdo:
O Scrum é uma das metodologias ágeis que usamos aqui na Caiena. Seu criador, Jeff Sutherland, explica o que é MVP e como colocá-lo em prática no framework de trabalho do livro “Scrum: A Arte de Fazer o Dobro do Trabalho na Metade do Tempo”. Inclusive, a obra é tão importante na Caiena que ela faz parte do nosso kit de boas-vindas.
Segundo Sutherland, na criação de produtos, o ideal é realizar uma entrega de algo concreto o mais rápido possível para seus futuros usuários. Ele sugere que isso deve ser feito antes mesmo de concretizar os 20% das funcionalidades para que, assim, o produto proporcione o mínimo de valor para as pessoas que o utilizarem. Outro ponto importante na entrega de um MVP é que ele deve funcionar “de verdade”.
“Uma câmera que tira fotos, mas não acerta o foco. É uma mobília da sala de jantar com apenas duas cadeiras. É a distribuição de uma vacina para cinco das 100 cidades que precisam de ajuda”.
Jeff Sutherland no livro “Scrum: A Arte de Fazer o Dobro do Trabalho na Metade do Tempo”.
Assim, um MVP possibilita que os erros sejam cometidos com o mínimo de danos possíveis. E quando o lançamento oficial do produto acontecer, ele já terá sido ajustado para atender o que as pessoas valorizam de fato.
Na visão da metodologia ágil Scrum, um MPV é um processo incremental que ajuda a desenvolver primeiro as características que os clientes valorizam e a lançar o produto com somente 20% do trabalho feito.
Para Sutherland, esse é um processo cíclico. Logo, após receber o feedback das pessoas usuárias do produto mínimo viável, é possível desenvolver mais MVPs que reflitam outros 20% do trabalho. De acordo com o autor, esse processo de lançamentos incrementais permite lançar 200% do valor do produto, na metade do tempo.
Continuando, vamos abordar a visão de MVP pela ótica da metodologia ágil Lean. Para isso, usamos como referência os ensinamentos compartilhados pelo autor Dan Olsen no livro “The Lean Product Playbook: How to Innovate with Minimum Viable Products and Rapid Customer”.
Este guia prático traz insights para a criação de produtos baseada na metodologia Lean, que tem como base conceitos do Lean Thinking. Esses princípios surgiram na indústria automotiva do Japão, em um contexto pós-Segunda Guerra Mundial, para eliminar desperdícios, melhorar a entrega e o relacionamento entre as pessoas envolvidas nos projetos.
Para Dan Olsen, um MVP traz mais clareza e foco aos projetos. Principalmente, permite a redução do desperdício dos recursos, algo bastante valorizado nesta metodologia ágil. Assim, é possível reafirmar pela ótica do Lean que este produto mínimo viável contribui com a redução de riscos e incertezas associados aos novos produtos.
É interessante avaliar que, tanto a metodologia ágil Scrum, quanto a abordagem Lean, reconhecem a importância de um MVP em um projeto de tecnologia. Todavia, elas se diferem: para o Scrum, um produto mínimo viável é orientado pelas entregas incrementais. Já no Lean, o foco está na validação das pessoas usuárias e na rápida adaptação estratégica.
Aqui no Blog da Caiena, já trouxemos dicas de como criar um MVP. A complexidade do processo varia muito de acordo com cada solução, mas é possível pensar em um passo a passo básico para o desenvolvimento de um produto mínimo viável de forma bem-sucedida a partir dos conceitos da metodologia ágil.
- Para começar, conheça seus objetivos e o que é essencial para que o MVP os atinja;
- Priorize as tarefas e funcionalidades essenciais, para então pensar em outras que possam ser adicionadas depois;
- Pesquise sobre o seu público-alvo, para que a solução atenda às necessidades de acordo com sua faixa etária, gostos e preferências, por exemplo;
- Valorize a empatia: coloque-se no lugar daqueles que, futuramente, usarão seu produto;
- Durante os testes, considere tanto as pessoas dispostas a usar novos produtos, quanto as que ainda não fazem questão de utilizar a solução;
- Lembre-se de envolver as pessoas durante o processo. Assim, você garantirá mais aderência uma vez que a solução esteja pronta.
Para completar, temos uma dica bônus sobre a criação de um MVP. Você pode realizar isso com uma consultoria de tecnologia e design, como o Caiena SEED. Assim, terá feedbacks rápidos de pessoas experientes, que podem te apoiar na criação de novos produtos, serviços ou experiências. Saiba mais sobre o Caiena SEED aqui!
