Sistema para o terceiro setor: tecnologia a favor da inovação social

A tecnologia tem sido uma importante aliada dos avanços do terceiro setor no Brasil. Já existem sistemas e recursos diversos que contribuem com a superação de desafios e promovem a inovação social. Hoje vamos falar de como esta inovação social otimiza as atividades do terceiro setor aqui no Blog da Caiena.

Como abordamos recentemente aqui no Blog da Caiena, o impacto do terceiro setor no Brasil vai muito além do social. A modalidade já impulsionou a criação de mais de 1 milhão de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) no país, e reflete na geração de empregos, na economia e em muitos outros setores, enquanto proporciona melhores condições de vida para muitas pessoas que são atendidas por suas atividades.

Graças à tecnologia, tem sido possível aprimorar esses resultados positivos na sociedade. Muitos sistemas para o terceiro setor, como alguns desenvolvidos aqui na Caiena, e outras tecnologias de inovação social proporcionam vantagens como agilidade, transparência, bem como simplificam a gestão de dados, finanças e até ajudam a aproximar as organizações de seus públicos. Entenda melhor sobre a relação da inovação social e a superação de desafios do terceiro setor com tecnologia nesta leitura.

Navegue pelo conteúdo:

- A tecnologia no terceiro setor do Brasil

- A inovação social impulsionando a captação de recursos

- Sistemas para o terceiro setor

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‍A pesquisa “TIC Organizações Sem Fins Lucrativos”, realizada e divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) em 2023, traz dados que retratam a presença e importância das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no terceiro setor no Brasil. Ela é baseada em entrevistas com 1.529 responsáveis por organizações sem fins lucrativos do país. 

‍O levantamento constatou que houve avanços relacionados à infraestrutura tecnológica das organizações no Brasil, mas que ainda existem muitos desafios de conectividade para serem superados. Entre eles está o fato de o celular ainda predominar entre os equipamentos tecnológicos mais utilizados nas atividades das OSCs, o que reflete em barreiras na diversificação das iniciativas realizadas. 76% dos entrevistados relataram que as organizações utilizam aparelhos pessoais. Isso também acontece no caso de uso de computadores de mesas ou notebooks, que na maioria dos casos não são de propriedade das organizações. Das participantes, apenas 31% investiram na contratação de serviços de tecnologia da informação ou informática no ano da pesquisa.

‍No conteúdo, também é apontado o crescimento no interesse sobre Big Data e dados gerados pelos cidadãos referentes às atividades do terceiro setor. Isso porque essa análise e captação de dados por meio de sistemas e recursos específicos possibilita a geração de conhecimentos, supre lacunas de dados e aprimora a tomada de decisão das organizações. 

‍A pesquisa “TIC Organizações Sem Fins Lucrativos” ainda observa que essa análise e produção de dados realizada pela população e pelas próprias organizações por meio da tecnologia pode impulsionar a alfabetização científica dos cidadãos e preencher demandas em áreas em que informações não existem ou não são disponibilizadas publicamente, resultando na democratização e ampliação da participação social no terceiro setor.

‍E se você pensou que a inteligência artificial generativa, um dos assuntos mais comentados atualmente, não seria mencionado por aqui, está enganado. Esta tecnologia é citada como uma solução que pode contribuir com a captação de recursos no terceiro setor. 

Por meio do ChatGPT, por exemplo, as organizações podem otimizar a criação de conteúdos para aproximação do seu público ou para obterem respostas que direcionem insights estratégicos, agregando mais criatividade e automação aos processos, como observado nesta publicação do Mercado & Consumo.

Uma das formas de rentabilizar as atividades do terceiro setor é por meio das doações. Neste sentido, é interessante destacar que, das organizações participantes da pesquisa “TIC Organizações Sem Fins Lucrativos”, 82% têm acesso à internet, mas apenas 22% receberam doações por este canal, sendo que 11% receberam doações por meio de plataformas ou redes sociais, 6% por meio dos sites, e 4% por campanhas de financiamento coletivo.

Mas a tecnologia tem sido uma aliada das finanças das iniciativas do terceiro setor neste sentido. Ao comentar os resultados da “Pesquisa Doação Brasil 2022”, Renata Bourroul, consultora de pesquisa do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), observou que as novas ferramentas de doação e tecnologias refletem na facilidade operacional, como Pix, e possibilitam o aumento das doações dos brasileiros às iniciativas sociais. Este, inclusive, tem sido o meio de pagamento mais usado em doações em dinheiro, utilizado por 39% das pessoas. Vale salientar que, em 2022, 84% dos brasileiros afirmaram terem realizado alguma doação. 

Além disso, como abordamos na Newsletter da Caiena sobre tecnologia para o terceiro setor, o isolamento social imposto pela pandemia em 2020 impactou no impulsionamento do uso de estratégias online para captação de recursos online e para criação de relacionamento com doadores por meios digitais.

Sobre o uso de sistemas para o terceiro setor, a pesquisa “TIC Organizações Sem Fins Lucrativos” destaca que a solução tem sido adotada no Brasil principalmente para otimizar atividades financeiras e para o armazenamento de arquivos digitais. Cerca de 21% das organizações afirmaram que investem em armazenamentos de arquivos ou banco de dados, 19% em e-mails; 11% em softwares administrativos e 11% em capacidade de processamento em nuvem.

Acima, falamos sobre como as tecnologias contribuem para facilitar a captação de recursos no terceiro setor, e que isso foi intensificado na pandemia, como uma alternativa às imposições do isolamento social que impediam doações presenciais. Mas, antes mesmo deste período, a Caiena já atuou em iniciativas de transformação digital em organizações do tipo. Um exemplo recente é o da Plataforma do Conselho Estadual do Idoso de São Paulo (CEI), que hoje possibilita todo o processo de gestão do Fundo Estadual do Idoso (FEI), incluindo desde a divulgação dos editais, a submissão dos projetos até a captação de recursos.

E pela nossa experiência na Caiena em criação de sistemas, incluindo para o terceiro setor, sabemos que esta solução tecnológica é fundamental para também informar os cidadãos e despertar o interesse do público para as ações realizadas pelas organizações. 

Um sistema para o terceiro setor possibilita não só agilizar e assegurar o registro de dados, como também facilitar a consulta quando necessário para sua divulgação, por exemplo. Vale observar que um sistema para o terceiro setor deve pensar em funcionalidades que atendam às necessidades e infraestrutura das organizações, bem como facilitem a navegação dos usuários e garantam que o acesso das informações sensíveis será feito somente por pessoas que precisam desses dados para suas atividades, preservando a integridade da organização.

Se você deseja saber mais sobre a experiência da Caiena no terceiro setor, acesse nossos cases. E, em breve, vamos compartilhar por aqui exemplos que podem inspirar a transformação tecnológica nessa modalidade. Siga acompanhando o Blog da Caiena para não perder os novos conteúdos!