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Se você é uma pessoa que conhece sobre tecnologia, talvez esteja familiarizada com o termo Ubuntu como nome de um sistema operacional. Mas, neste conteúdo do Blog da Caiena, você conhecerá outra forma de Ubuntu: o termo batiza a filosofia africana que permeia a luta contra o Apartheid e fundamenta pensamentos da Nação Arco-Íris. No idioma Zulu, Ubuntu significa “eu sou porque nós somos”.
Neste Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, o desenvolvedor de software front-end Luiz Santos decidiu compartilhar seus aprendizados sobre Ubuntu e as lições da Nação Arco-Íris aqui no Blog. Elas surgiram a partir de uma situação de luta contra o preconceito, e a data de 3 de julho celebra a aprovação da primeira lei brasileira contra o racismo, de 1951.
O conteúdo surgiu a partir da leitura do livro “Ubuntu todos os dias”, da escritora e ativista Mungi Ngomane. Confira os insights compartilhados por Luiz Santos em novo conteúdo do Comitê de Diversidade da Caiena.
Ubuntu e as 14 lições da Nação Arco-Íris
"Nação Arco-Íris" refere-se a uma visão de unidade e diversidade racial e cultural da África do Sul, criada após o fim do regime Apartheid, um sistema de segregação racial oficialmente implementado entre 1948 e 1994. O termo foi elaborado e popularizado por Nelson Mandela e também pelo arcebispo e ativista Desmond Tutu, duas grandes referências na luta contra o preconceito racial mundial.
Mandela, em seu primeiro mês de mandato como presidente da África do Sul, proclamou:
“Cada um de nós está tão intimamente ligado ao solo deste belo país quanto os famosos jacarandás de Pretória e as mimosas do mato - uma nação arco-íris em paz consigo mesma e com o mundo”.
Desmond Tutu, líder no combate ao Apartheid e defensor dos direitos humanos no país, usou então o termo “nação arco-íris” para descrever sua visão de uma África do Sul pós-apartheid, onde as diferenças raciais e culturais seriam aceitas e celebradas em vez de serem motivo de discriminação e conflito. Assim surgiram essas 14 lições da Nação Arco-Íris. Elas guiam a filosofia Ubuntu e também podem ser aplicadas em nosso dia a dia, aproximando-nos de uma cultura que, mais do que tudo, visa combater o preconceito e reforçar a importância do respeito.
- Veja-se nos outros: abra os olhos e encare seus semelhantes;
- A força está na união: é mais provável que alcancemos nosso destino ou objetivo ao unir forças;
- Coloque-se no lugar do outro: converse com as pessoas de quem discorda;
- Escolha ver a perspectiva mais ampla: abra sua mente e explore todos os ângulos;
- Tenha dignidade e respeito por si e pelos outros: seu corpo e mente são igualmente importantes. Depois, escolha dar aos outros o mesmo respeito;
- Acredite no bem que há em todos: se procurar o bem em alguém, você vai encontrá-lo, além de inspirar e encorajar os outros a se sentirem bem consigo mesmos;
- Escolha esperança em vez de otimismo: escolha esperar pelo resultado positivo em qualquer situação;
- Procure maneiras de se conectar: os seres humanos são projetados para prosperar juntos;
- O poder do perdão: perdoar é aliviar o fardo sobre nós mesmos e sobre os outros;
- Abrace nossa diversidade: nossas diferenças nos impulsionam a avançar, e também o que ameaça nos impedir;
- Aceite a realidade (mesmo que machuque): se não aceitarmos a verdade de nossa situação, não poderemos chegar onde desejamos estar;
- Encontre humor em nossa humanidade: não há melhor maneira de sentir o Ubuntu em nossa vida do que por meio do poder do riso;
- Entenda porque as pequenas coisas fazem uma grande diferença: conscientize-se de que você importa, e a maneira como escolhe viver também;
- Aprenda a escutar para poder ouvir: quando se trata de Ubuntu, uma boa comunicação é a base para fazer as profundas conexões de que todos precisamos.
Essa é uma das iniciativas realizadas pelo Comitê de Diversidade da Caiena. Seguimos produzindo conteúdos para o público interno e externo para promover a reflexão e o diálogo em busca de construirmos uma sociedade mais justa e igualitária. Conheça mais sobre o Comitê de Diversidade da Caiena aqui!