Os centros de inovação no Brasil

O Brasil segue presente na lista dos países mais inovadores do mundo. No levantamento Global Innovation Index de 2024, o país ocupa a 50ª posição entre 133 participantes, sendo o primeiro lugar entre as nações da América Latina. Ainda que tenha caído uma posição em comparação ao ano passado, a colocação não deixa de ser relevante. Mas, o que isso significa?

Esse posicionamento é um dos reflexos de investimentos da iniciativa pública e privada em centros de inovação no Brasil. Um exemplo disso foi um anúncio, em 2024,  da aplicação de recursos para o desenvolvimento de projetos de parques tecnológicos. O valor é de cerca de R$557 milhões, provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O investimento está destinado a 16 projetos de parques tecnológicos em implantação e também em 32 projetos em operação. Antes disso, o relatório "Parques Tecnológicos do Brasil" estimava a existência de 93 iniciativas inovadoras no Brasil.

Como diz a primeira edição do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o acesso à educação de qualidade e a escala da atividade de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em uma economia são os principais determinantes de sua capacidade de inovação. 

Logo, os centros de inovação são espaços que, além de proporcionarem a pesquisa, desenvolvimento e implementação de novas tecnologias, contribuem com a transferência de conhecimento, com a capacitação dos talentos brasileiros e apoiam o crescimento de pequenas empresas, como startups, oferecendo recursos e infraestrutura.

Sabemos disso porque vivenciamos essa experiência em nossa história. Afinal, a Caiena surgiu nesse contexto de investimentos em inovação na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro/SP. Continue a leitura para saber mais sobre o cenário inovador que temos no Brasil.

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• O que são centros de inovação?
• Os centros de inovação no Brasil
• Cultura de inovação: da teoria à prática

Centros de inovação são espaços voltados ao estímulo do desenvolvimento de pequenas e médias empresas, conforme definição compartilhada pelo VIA Estação Conhecimento, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

O conceito ganhou popularidade na Alemanha dos anos 1980, em um contexto impulsionado pela necessidade de acelerar a economia por meio da tecnologia. Foi nesse momento que as empresas e os governos de outros países também começaram a identificar que a inovação dependia de um processo colaborativo entre a iniciativa pública, privada e o mundo acadêmico.

“Centro de Inovação (CI) é uma comunidade física ou virtual que aloca por períodos limitados possíveis empreendedores inovadores, startups ou projetos específicos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) de empresas estabelecidas, onde o conhecimento é centralizado e voltado à cultura da inovação e empreendedorismo, sobretudo para o desenvolvimento, prototipação, produção e comercialização de serviços, processos e produtos tecnológicos de alta qualidade focados na especialização inteligente da região. Usufrui de instrumentos de políticas públicas, assim como de subsídios e de inovação, além de dispor de uma gama de instalações, serviços, mentorias e consultorias compartilhadas que visa conectar/otimizar o espectro de atividades entre pesquisa e a comercialização onde o sucesso de suas ideias e empresas seriam improváveis fora dele (ABDALA, et al, 2018, p.132)

^{Fonte: Projeto Fortalecimento de Habitats de Inovação (VIA-SDS-FAPESC)}

Hoje, os centros de inovação são considerados importantes ferramentas de promoção da economia e tecnologia, impactando não só a localidade em que estão instalados, como também capacitando e promovendo soluções direcionadas a sanar desafios da sociedade.

No Brasil, segundo o IBID 2024, que utiliza uma pontuação de 0 a 1.  A pontuação média nacional é de 0,291, enquanto as economias mais inovadoras são os seguintes estados: 

• São Paulo: 0,89; 
• Santa Catarina:0,41; 
• Paraná: 0,406; 
• Rio de Janeiro:0,402; 
• Rio Grande do Sul: 0,401.

Na sessão "Ecossistemas de inovação no Brasil: avaliação e perspectivas", da 5ª edição da Conferência Nacional de CT&I (Ciência, Tecnologia e Inovação), participantes debateram as barreiras que precisam ser superadas no cenário de inovação brasileira. Na ocasião, Rodrigo Reis, diretor do Parque Tecnológico Guamá e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), falou sobre essa diversidade regional dos ambientes de inovação brasileiros. 

Ele usou como exemplo a Amazônia, região com grande apelo à bioeconomia e se difere de outras regiões em relação à indústria tradicional, negócios que costumam ser mais reativos às iniciativas de inovação. Para Reis, é importante expandir esse ecossistema no Brasil, incluindo localidades menores, como os ambientes de inovação do interior do país, que apresentam relevante capacidade de crescimento. 

Outro apontamento relevante foi o de Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e do parque científico e tecnológico Tecnopuc. Ele ressaltou que oito em cada dez das maiores empresas globais surgiram em parques tecnológicos universitários, e que existe a urgência de universidades elevarem o foco em empreendedorismo, nivelando a prioridade com a de promover o ensino e pesquisa.

Temos um exemplo para justificar a importância dos investimentos em inovação no Brasil. Em 2005, três jovens universitários decidiram colocar em prática seus aprendizados para desenvolver um projeto de tecnologia. E assim a Caiena dava seus primeiros passos, em uma incubadora de base tecnológica da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Rio Claro/SP. 

A história começou assim e, hoje, se reflete no contexto atual da Caiena: uma consultoria de tecnologia e design, especialista no desenvolvimento de soluções digitais para negócios e políticas públicas. Seguimos orientando parceiros a alcançarem seus resultados por meio de criações e melhorias focadas na inovação. 

Logo, a consultoria de inovação da Caiena apoia a identificação de oportunidades. Entre as vantagens de contar com uma consultoria de inovação em negócios e no setor público está o fato de ela ser composta por especialistas, que têm muito conhecimento para contribuir. E, por serem profissionais com uma visão externa dos processos, ou seja, isentos de influências internas. 

Se quiser saber mais sobre nossa experiência nisso, baixe o nosso e-book gratuito “Estados e Inovação”, no qual compartilhamos projetos de sucesso no setor público.