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Como preparar a sua empresa para a chegada da vacina

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Pouco tempo depois da pandemia ser declarada, diversos laboratórios, em conjunto com institutos de pesquisa, começaram a estudar formas de imunizar as pessoas contra o Covid-19.

As pesquisas voltaram-se, então, ao desenvolvimento de uma vacina, já que essa é uma das proteções mais importantes contra diversas doenças, inclusive aquelas que podem levar à morte. De acordo com uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacinação em massa evita de 2 a 3 milhões de mortes anualmente e gera uma economia de R$250 milhões por dia em custos de internação, medicamentos e transporte.

O processo, que normalmente levaria um ano, foi feito em tempo recorde e, no fim de 2020, algumas vacinas foram aprovadas em diversos países do mundo.

No Brasil, em janeiro de 2021, duas vacinas foram aprovadas para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), responsável por analisar e aprovar todas as vacinas que são distribuídas e aplicadas no país.

Ambas as vacinas – a da Universidade de Oxford, feita com a empresa AstraZeneca, e a CoronaVac, nome popular da vacina produzida pela empresa chinesa Sinovac, junto do Instituto Butantan – apresentaram eficácia geral de 70,4% e 50,4%, respectivamente. O valor mínimo de 50% de eficácia é o recomendado pela OMS.

Com a possibilidade de vislumbrar o fim da pandemia, as pessoas começaram a se interessar pela imunização. De acordo com uma pesquisa realizada em 15 países, o Brasil é o segundo país com maior intenção de se vacinar, com 88% dos entrevistados afirmando que tomariam a vacina, caso estivesse disponível para eles.

Da mesma maneira, muitos colaboradores já começaram a pensar em voltar ao trabalho presencial, assim como muitas lideranças estão preocupadas em garantir a imunização dos talentos. Mas isso já é algo possível de se garantir? Para responder a essa e outras dúvidas sobre como a empresa pode se preparar para a vacina, nos juntamos à HealthBit, uma startup de tecnologia em saúde, e preparamos este conteúdo.

Navegue pelo conteúdo:

Quando os colaboradores serão vacinados?

Por enquanto, somente duas vacinas estão sendo aplicadas no país: a CoronaVac e a produzida pela Oxford/AstraZeneca. No entanto, outras vacinas poderão fazer parte desta lista no futuro, como a desenvolvida pelo laboratório Pfizer, que obteve recentemente o registro definitivo pela ANVISA.

Além disso, até a primeira semana de março de 2021, apenas as pessoas do grupo de risco, idosos e profissionais de saúde receberam as doses. Por conta da priorização desses grupos, é preciso aguardar a disponibilização da vacina para o restante da população. Mesmo com cerca de 9 milhões de doses aplicadas em todo o país, apenas 1,02% da população já está completamente imunizada, ou seja, tomaram tanto a primeira quanto a segunda dose.

Por essas condições, a imunização de cada colaborador depende da sua idade ou se pertence a um dos grupos prioritários. Por exemplo, caso tenha, na empresa, um colaborador com mais de 80 anos, ele já pode ser vacinado.

Em contrapartida, é possível recomendar que cada colaborador se atente ao calendário de vacinação do seu estado e/ou região. E, claro, assim que possível, é importante incentivar que as pessoas se vacinem.

Posso comprar doses de vacinas para imunizar minha equipe?

Por mais que muitas empresas tenham o interesse, isso ainda não é possível. Todas as doses são adquiridas pelo Ministério da Saúde, produzidas pelo governo do Estado de São Paulo e distribuídas somente pelo SUS.

Porém, em março de 2021, foi apresentado o Projeto de Lei nº 534, de 2021 que, dentre outras determinações, permite a compra de vacinas – que tenham autorização temporária para uso emergencial ou registro definitivo perante a ANVISA – por pessoas jurídicas privadas. Ou seja, empresas no geral, com algumas condições/restrições pontuadas a seguir:

  • Em um primeiro momento, o setor privado pode comprar vacinas apenas se as doses adquiridas forem integralmente doadas ao Plano Nacional de Imunização (PNI) do SUS, até que todas as pessoas dos grupos prioritários estejam vacinadas;
  • Após a vacinação dos grupos prioritários do PNI, o setor privado poderá comprar, administrar e distribuir vacinas com a condição de que 50% das doses sejam doadas para o SUS, e de que os outros 50% sejam distribuídos de forma gratuita, sem sua comercialização;
  • Se o projeto for aprovado, as vacinas poderão ser aplicadas em qualquer estabelecimento ou serviço de saúde que possua sala para aplicação de injetáveis autorizada pelo serviço de vigilância sanitária local, observadas as exigências regulatórias vigentes;
  • O PL determina que as pessoas jurídicas de direito privado deverão fornecer, ao Ministério da Saúde, todas as informações relativas à aquisição, incluindo os contratos de compra e doação.

Este projeto de lei foi proposto e aprovado no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, seguindo para sanção do presidente da república. Isso indica que, em breve, as empresas poderão adquirir doses e imunizar seus colaboradores, mas não comercializá-las.

Assim que um colaborador for imunizado, posso voltar com todas as atividades presenciais?

Não imediatamente. De acordo com o portal do Instituto Butantan, a imunidade não começa logo após a aplicação da segunda dose. A organização afirma, também, que cada organismo reage de uma forma, dependendo de fatores como faixa etária e sistema imunológico. Em geral, estamos protegidos em duas semanas após a segunda dose, pois esse é o tempo que nosso sistema imunológico leva para criar anticorpos neutralizantes, que barram a entrada do vírus nas células.

Entretanto, quando só uma pessoa tomou a vacina, não é possível que tudo volte “ao normal”. O portal do Instituto Butantan reforça que é importante esperar que grande parte da população tenha sido imunizada antes de voltarmos aos antigos hábitos, para evitar contaminarmos outras pessoas, já que o indivíduo que tomou a vacina ainda pode transmitir o vírus.

Em outras palavras, mesmo após se imunizar, é necessário manter as medidas de segurança como o uso de máscara e a higienização constante das mãos.

Lembrando: uma pessoa não está completamente imunizada ao receber a primeira dose da vacina!

E como posso preparar a empresa efetivamente?

O ideal é acompanhar as notícias e se planejar para receber os colaboradores já vacinados. Afinal, como acabamos de ver, ainda deveremos tomar alguns cuidados após a vacina.

Defina um cronograma possível de retorno às atividades. Após imunizadas, em quanto tempo as pessoas deverão voltar ao trabalho presencial? A volta de algum time específico será priorizada? Esses pontos poderão ser definidos a partir de alguns critérios, como a distância entre a casa do colaborador e o escritório. O plano também pode ser montado com questionários e análise das preferências dos talentos.

E, claro: informe muito bem todos os colaboradores sobre cada ideia, mudança, notícia e sobre o planejamento em si.

Conclusão

Mesmo com a perspectiva de esperança com a chegada da vacina, ainda não se tem uma previsão de quando a maioria da população será vacinada. Por isso, teremos que ter paciência e acompanhar sempre as notícias e novidades a respeito dos imunizantes e do calendário de vacinação.

A melhor maneira de preparar a sua empresa é recomendar que os talentos acompanhem o calendário e se vacinem assim que puderem. Quando a maior parte deles puder ser imunizada, é importante pensar em planos de retorno, com datas definidas, priorização de quem pode ir presencialmente e ainda seguir as recomendações de segurança, como uso de máscaras, higienização das mãos e ambientes bem ventilados.

A vacinação é importante e traz esperança, mas ainda temos que nos cuidar! E a sua empresa, tem alguma perspectiva para quando a maior parte dos seus talentos estiverem vacinados? Conte para a gente!

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