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No Dia Mundial da Saúde Mental, queremos compartilhar com você dados sobre a relação da saúde mental no trabalho. Você sabia que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos por ano devido à doenças de saúde mental? E que o prejuízo impulsionado pela perda de produtividade global devido a casos de depressão e ansiedade pode custar US$1 bilhão ao ano?
Esses dados são da Federação Mundial de Saúde Mental (World Federation for Mental Health - WFMH) e da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT). Trouxemos essas informações para o Blog da Caiena pois acreditamos que refletir sobre os impactos da saúde mental no trabalho contribui com o desenvolvimento da nossa sociedade. Cargas de trabalho elevadas, comportamentos negativos e outros fatores não só prejudicam o bem-estar das pessoas, como também podem influenciar em grandes perdas para as organizações.
“O bem-estar do indivíduo é motivo suficiente para agir, mas a má saúde mental também pode ter um impacto debilitante no desempenho e na produtividade de uma pessoa”, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Então, no Dia Mundial da Saúde Mundial, entenda a importância da cultura preventiva sobre saúde mental e saiba mais sobre os impactos da saúde mental no trabalho, um assunto ainda tão velado, porém necessário de ser discutido. Navegue pelo conteúdo:
Dia Mundial da Saúde Mental: entenda a data e sua importância
Os impactos da saúde mental no trabalho
Práticas para prevenir as doenças de saúde mental no trabalho
Trabalho remoto e saúde mental
O Dia Mundial da Saúde Mental foi criado em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental (World Federation for Mental Health). Mas foi nos últimos anos que a discussão passou a ganhar mais força na sociedade, devido aos altos índices de doenças mentais constatados na atualidade.
Segundo a Federação, a qualidade da saúde mental reflete diretamente na saúde física e no bem-estar geral. Hoje, uma a cada oito pessoas no mundo é diagnosticada com uma doença mental. E essas pessoas podem ser excluídas da vida comunitária ou discriminadas, muitas vezes por não terem acesso ou informação sobre os cuidados necessários para superar estes problemas.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a saúde mental é uma significativa fonte de incapacidade e mortalidade nas Américas. Em 2020, durante a pandemia de Covid-19, por exemplo, os transtornos depressivos desta região do mundo aumentaram em 35%, e os transtornos de ansiedade em 32%. Porém, neste cenário, mais de 80% dos diagnosticados com um problema grave de saúde mental não receberam o tratamento adequado.
Logo, discutir a saúde mental e os problemas que impactam em sua qualidade são fundamentais para que as pessoas recebam o diagnóstico correto e consigam manter o bem-estar, inclusive no ambiente de trabalho.
Ainda há quem pense que a saúde mental é um assunto distante do mercado de trabalho. Porém, os fatos já comprovam a relação entre estes dois temas. Este ano, por exemplo, a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho, realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, trouxe luz a essa discussão. O órgão divulgou estudos que apontam que a ocorrência de transtornos ansiosos relacionados ao trabalho aumentou 68,41% de 2015 a 2019 no Brasil.
Também na ocasião do lançamento da campanha, o auditor fiscal do Trabalho, José Almeida Júnior, ressaltou que as doenças de saúde mental afetam não só os trabalhadores e familiares, como também a Previdência Social. Além disso, elas podem estar relacionadas à atividades repetitivas, de alta cadência, à atribuição de responsabilidades e metas excessivas, ao excesso de trabalho e competitividade, bem como a uma cultura organizacional inadequada e à ausência de perspectivas.
Segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), compartilhados pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), 209,1 mil pessoas foram afastadas do trabalho devido a transtornos mentais em 2022. Hoje, de acordo com o “Relatório Anual do Estado Mental do Mundo”, o Brasil tem o terceiro pior índice de saúde mental entre os 64 países apurados.
A professora e pesquisadora da EPSJV/Fiocruz Marilda Silva Moreira explica que a relação da saúde mental das pessoas com suas atuações profissionais são permeadas pelas tensões entre capital e o trabalho. Para ela, a exigência pela alta produtividade, bem como pela eficiência e uso de habilidades impacta nestes diagnósticos.
“Eu tenho dito que é o trabalho que está doente e não as pessoas. Nossas formas de trabalhar hoje estão adoecidas e isso tem reverberado nas pessoas. A gente também não pode desconsiderar outras dimensões da vida, mas o trabalho é um elemento central. É onde a gente passa a maior parte dos nossos dias, semanas, da nossa vida, então não há como desconsiderar o fator trabalho como um determinante social importante da nossa saúde”.
Marilda Silva Moreira, professora e pesquisadora da EPSJV/Fiocruz
Um estudo da plataforma de saúde Conexa, realizado com 767 empresas do Brasil, revelou que 87% das organizações participantes afastaram colaboradores por conta de doenças mentais em 2023. A médica psiquiatra e gerente de saúde mental da Conexa, Erica Maia, observa que a situação no país é grave e reforça que os investimentos em programas para combate à saúde mental nas empresas não devem ser vistos apenas como benefícios, mas também como estratégia de negócios para a criação de um ambiente de trabalho mais colaborativo, saudável, produtivo, e com maior retorno financeiro.
Uma cultura preventiva e ativa para o combate das doenças mentais no ambiente de trabalho é essencial, uma vez que as pessoas passam um longo período de seus dias dedicadas às atividades profissionais. Logo, um ambiente que transmita segurança e que seja saudável possibilita inclusão social, bem como mais produtividade e satisfação ao trabalhar.
Primeiramente, uma forma de prevenir as doenças de saúde mental no trabalho é atentando-se aos sinais de sua presença. Alguns deles são: alteração no sono (dificuldade para dormir ou repousar em excesso), oscilação constante de humor, excesso de preocupação e medo, desânimo e perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas, alteração na alimentação (excesso ou redução das refeições), dificuldade para se concentrar, distanciamento das pessoas do círculo social, choro constante e picos de estresse.
O Líder da Área de Pessoas da Caiena, João Paulo Gotardo, já explicou aqui no Blog da Caiena sobre a relação entre as empresas e a saúde mental no trabalho. Na ocasião, ele listou algumas medidas preventivas que contribuem com a criação de um ambiente favorável para a saúde mental nas organizações.
“1. Desenvolver as lideranças para que considerem as dimensões subjetivas (que envolvem questões emocionais, psicológicas e de personalidade) dos talentos e os tratem com humanidade e respeito;
2. Construir um clima interno positivo, cuidando para que comportamentos hostis, preconceituosos e inadequados não se reproduzam no ambiente de trabalho;
3. Oferecer equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, implementando medidas que favoreçam uma cultura de confiança e autonomia aos talentos. Isso pode ser feito, por exemplo, com a utilização de horários flexíveis e possibilidade de trabalho remoto;
4. Balancear a distribuição de tarefas para evitar que os talentos fiquem sobrecarregados. Para isso, é importante que os líderes percebam quando existe uma situação desbalanceada, calculem a divisão de tarefas e, quando possível, reajustem prazos;
5. Propiciar interação social entre os talentos por meio de eventos como confraternizações, comemorações de aniversário, dias de jogos e até grupos esportivos”.
Além disso, as empresas podem adotar medidas de apoio e tratamento que fortalecem essa cultura internamente. Uma das práticas é oferecer apoio aos colaboradores que identifiquem doenças mentais, mesmo que estas não tenham relação com fatores relacionados ao trabalho, por exemplo. Criar uma cultura de porta aberta, que possibilite o diálogo sobre emoções, sem preconceitos ou estigmatização, possibilita a criação deste ambiente saudável.
Para completar, realizar campanhas de conscientização voltadas à saúde mental, com divulgação de materiais internos sobre o assunto, também colabora com uma cultura positiva para a saúde mental no trabalho.
No final do ano passado, a Federação Mundial de Saúde Mental divulgou a atualização de suas Diretrizes sobre Saúde Mental no Trabalho. O conteúdo traz recomendações baseadas em evidências para prevenir e reduzir casos de doenças mentais relacionadas ao trabalho.
Com a pandemia, muitas empresas adotaram o modelo de trabalho remoto, para conter os riscos de contágio da Covid-19. Várias organizações optaram por continuar com seus colaboradores em home office, como é o caso da Caiena.
A decisão tem sido apontada por muitos como uma forma de contribuir com o bem-estar e saúde mental das pessoas. Como publicamos na Newsletter da Caiena, em pesquisa da Infojobs e Grupo Top RH, 58% dos entrevistados dizem que se sentem menos produtivos ao fim do expediente presencial, e 64% afirmam que a qualidade de vida piorou ao deixar o trabalho remoto. Mas o modelo de trabalho remoto também pode ser mentalmente desafiador.
“Um dos problemas do modelo remoto é a dificuldade de separar o tempo dedicado ao emprego daquele dedicado ao descanso, ao lazer e à convivência familiar. No atual cenário, em que os direitos trabalhistas também estão ameaçados, as pessoas se submetem a qualquer coisa para não perder o emprego, e trabalham em espaços improvisados ou sob condições adversas”.
Renata Paparelli, psicóloga e doutora em psicologia social e do trabalho pela Universidade de São Paulo (USP), em conteúdo compartilhado pela ANAMT e publicado pela Veja Saúde.
Aqui no Blog da Caiena, na ocasião do início da pandemia, compartilhamos práticas que contribuem ainda hoje com a qualidade da saúde mental no trabalho remoto. Outras práticas sugeridas são a adoção de práticas de descontração nos momentos fora do trabalho. Vale desde cozinhar, como meditar, praticar exercícios físicos, ou até mesmo realizar terapia. Vale lembrar que as consultas podem ser tanto presenciais, quanto online.
Completando, temos mais três boas práticas que sugerimos em nossas redes sociais que também ajudam a manter a saúde mental no trabalho remoto:
- Crie uma rotina e organize-se com agendas e recursos para otimizar as tarefas. Saiba medir o tempo que precisa para as realizações pessoais e profissionais para encontrar o equilíbrio.
- Faça pausas, pois elas também contribuem com a produtividade. Reserve um tempo para conciliar as tarefas com o descanso e recuperar a energia.
- Ao perceber alterações das emoções e em comportamentos que impactam na qualidade de vida dentro e fora do trabalho, não hesite em consultar especialistas.
Na Caiena, acreditamos que compartilhar informações é uma forma de acolher as pessoas que estão enfrentando desafios em relação à saúde mental. Esperamos que neste Dia Mundial da Saúde Mental, esta leitura possa contribuir com a sua qualidade de vida ou de pessoas ao seu redor.