What’s a Rich Text element?
The rich text element allows you to create and format headings, paragraphs, blockquotes, images, and video all in one place instead of having to add and format them individually. Just double-click and easily create content.
Static and dynamic content editing
A rich text element can be used with static or dynamic content. For static content, just drop it into any page and begin editing. For dynamic content, add a rich text field to any collection and then connect a rich text element to that field in the settings panel. Voila!
- asdasdsa
- asdasdasdsa
How to customize formatting for each rich text
Headings, paragraphs, blockquotes, figures, images, and figure captions can all be styled after a class is added to the rich text element using the "When inside of" nested selector system.
Telescópio, estrelas, planetas, satélites... Tudo isso vem à mente quando pensamos em responder sobre o que é um observatório. Afinal, esse termo nasceu nos primórdios da astronomia, como definição de um ambiente onde os admiradores de fenômenos naturais se reuniam. Com os avanços da tecnologia, o conceito foi expandido às novas possibilidades, e assim surgiram os observatórios digitais.
Em menção à Colombo Junior, Aroca e Silva (2016), no artigo científico “Observatórios: reflexões sobre os conceitos e aplicações em Ciência, Tecnologia e Inovação e relações com a Ciência da Informação”, os observatórios são definidos como “espaços de ciências voltados para disseminação de informação em determinado tema, podendo ser um ambiente orientado à educação e ao aprendizado dentro de uma área específica".
Aplicando essa definição para a tecnologia, podemos dizer que um observatório digital é uma plataforma em que são expostas informações sobre temas de um interesse em comum, visando a análise das atividades sociais em um ambiente virtual.
Para entender melhor o que são e como são construídos os observatórios digitais, conversamos com o Eduardo Foster, diretor de Tecnologia da Informação e sócio-fundador da Caiena. Suas respostas são baseadas na experiência de duas décadas no desenvolvimento de software.
Navegue pelo conteúdo:
- O que são observatórios digitais?
- Dos céus às telas
- Existe diferença entre observatório digital e site?
- 5 principais características de um observatório digital
- Criando um observatório digital
Aqui no Blog da Caiena, já trouxemos uma explicação resumida sobre os observatórios digitais. Eles são plataformas que reúnem, organizam e tornam acessíveis dados sobre um determinado tema. Logo, são ferramentas que possibilitam o acesso virtual à informação com transparência, ampliando a participação popular e a democratização das informações.
Vale reforçar também que um observatório digital pode ser utilizado no âmbito público e privado. Basta que seja baseado em dados e indicadores, ou ainda apresente estudos, artigos e pesquisas, entre outros conteúdos, com um olhar especializado em um assunto específico, apoiando a análise e as necessidades dos usuários.
Para Eduardo Foster, diretor de Tecnologia da Informação e sócio-fundador da Caiena, um observatório pode ser definido como uma solução que resulta do encontro de um grupo de pessoas, promovendo um olhar atento para um aspecto específico de interesse da sociedade. "Geralmente, o observatório está vinculado a uma política pública. Um observatório não é uma tecnologia, é uma iniciativa da sociedade. É difícil observar algum aspecto de uma política pública ou da sociedade sem se basear em dados da realidade”.
“Com a evolução e massificação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), Palacin-Silva et al. (2016, p. 11) afirmam que os métodos de coleta de dados dos observatórios tendem a se aprimorar, sobretudo com a capacidade para processamento de grandes volumes de dados, registrados em diferentes formatos e armazenados em diferentes plataformas. Esse cenário favoreceu o surgimento dos observatórios virtuais. González-Ibáñez, Bonacic e Fernández (2015) definem os observatórios virtuais como sistemas de monitoramento em tempo real que podem detectar e minerar, automaticamente, informações relacionadas a eventos dinâmicos da web, produzindo um conjunto de informações significativas para apoiar pesquisas e tomadas de decisão”.
Artigo científico “Observatórios: reflexões sobre os conceitos e aplicações em Ciência, Tecnologia e Inovação e relações com a Ciência da Informação”; Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 17, p. 1-21, 2020.
Como contextualizamos no começo, o conceito de observatório surgiu na astronomia, entre as civilizações antigas, e foi se aprimorando junto à evolução da ciência. Por isso, hoje o termo engloba também as iniciativas de coleta e análise de dados de assuntos diversos. Desta forma, os observatórios digitais são ferramentas que possibilitam monitorar fenômenos sociais por meio da tecnologia.
A popularização dos observatórios digitais acompanha o desenvolvimento do campo de processamento de dados no fim do século 20. O avanço da internet, de equipamentos e de sensores para captação e compartilhamento de informações em tempo real contribuíram para a criação de plataformas que apresentam dados complexos sobre questões específicas.
Será que existe diferença entre observatórios digitais e sites? A dúvida é comum e a resposta para ela vai além de características técnicas.
Foster explica que "nem sempre um observatório é um site, como nem todo site é um observatório". Segundo ele, o site é uma mídia, ou seja, pode ser considerado como uma plataforma que distribui informações e conteúdos para um público. "Eu posso ter um observatório que não tenha uma plataforma na web. Então, não tem muito dessa contraposição entre uma coisa e outra. O que diferencia um observatório digital é que ele é muito intensivo na utilização de dados", completa.
Do ponto de vista técnico, o observatório digital tem como base todos os elementos que baseiam a construção de uma plataforma web. Segundo Foster, o que muda de um observatório para o outro são os elementos adicionais, que são inseridos conforme os objetivos de cada observatório.
1. Coleta de dados: o observatório reúne dados de diversas fontes, como de sensores, dispositivos de monitoramento, bases de dados públicas ou privadas, e outros meios de coleta de informações.
2. Armazenamento e processamento: as informações são armazenadas em sistemas de bases de dados e processadas para avaliações relevantes. Isso pode envolver análise estatística, modelagem preditiva ou outras técnicas de processamento dos dados.
3. Visualização: os dados são apresentados de forma acessível, geralmente por meio de gráficos, painéis de controle ou em relatórios, para que os usuários analisem as informações com facilidade.
4. Distribuição pública ou privada: dependendo do objetivo, os dados são disponibilizados publicamente ou acessados por grupos restritos, como pesquisadores, governos, empresas ou outras entidades.
5. Atualização constante: muitos observatórios têm como característica a atualização em intervalos curtos, garantindo que as informações sejam sempre recentes.
De acordo com Foster, a primeira coisa a se ter em mente ao criar um observatório digital é o seu objetivo e como os usuários vão utilizá-lo. “Quando a gente entra na especificidade da criação, depois de trabalhar tudo o que é comum em qualquer plataforma web, começam a aparecer alguns desafios técnicos. Não digo que são mais difíceis ou menos difíceis, mas são diferentes uns dos outros em cada observatório digital. E aí vai depender muito do usuário da nossa plataforma, que no caso, é o observador, de como ele vai trabalhar com esses indicadores”.
É por isso que entender o contexto e o segmento em que o observatório digital está inserido é fundamental para o seu desenvolvimento. “Além de fazer o ‘básico’, temos que estudar o assunto. No caso de um observatório que envolva uma política pública, por exemplo, temos que saber como são os marcos legais dessa política pública, como ela funciona, quais são os dados públicos fornecidos sobre ela, os indicadores, os estudos... Aí começamos a nos aprofundar nessa construção com base nos aspectos específicos”.
Hoje, Foster acumula experiência de quase 20 anos no desenvolvimento de software, e já atuou em muitos projetos de observatórios digitais da Caiena. Ele lembra, por exemplo, do Observatório do Plano Nacional de Educação (PNE), o primeiro criado pela Caiena, junto ao Todos Pela Educação. O observatório foi coordenado pela organização sem fins lucrativos entre 2013 e 2023. A plataforma foi descontinuada, mas enquanto ativa foi fundamental para o monitoramento do plano de metas criado para guiar as políticas públicas brasileiras relacionadas ao tema.
Outro projeto que marcou sua trajetória na Caiena foi o Observatório da Criança e do Adolescente, desenvolvido para a Fundação Abrinq. A plataforma conta com dados que possibilitam o acompanhamento de indicadores de saúde, educação e proteção das crianças e adolescentes do Brasil. Este observatório digital integra dados oficiais para disponibilizar centenas de informações, que podem ser filtradas por temas, área geográfica ou cenários sociais, e visualizadas em gráficos de fácil compreensão. Além dos indicadores, Foster destaca que um diferencial era que o observatório também contava com o caderno legislativo, um documento que reunia as principais proposições legais relacionadas às crianças e aos adolescentes.
Se você deseja conhecer mais observatórios digitais criados pela Caiena, acesse os exemplos que listamos aqui no Blog da Caiena. Neste conteúdo, focamos em soluções para o terceiro setor, como o Observatório da Educação Profissional e Tecnológica, desenvolvido para o Itaú Educação e Trabalho.