Dicionário Dev: entendendo o vocabulário do desenvolvimento de software

Dominar os fundamentos do desenvolvimento de software é essencial, tanto para profissionais de tecnologia, quanto para quem atua próximo dessa área. Essa dica já foi dada aqui pelo sócio e diretor de Tecnologia da Informação (TI) da Caiena, Paulo Urgal, quando ele compartilhou conselhos importantes para quem segue carreira em TI.

É fato que o "bê-á-bá" da programação muda a todo momento, acompanhando a velocidade que impulsiona as novidades do setor. Pensando nisso, criamos esse breve "Dicionário Dev", para quem entende de código e quer se atualizar, e para quem tem menos familiaridade e quer aprender. 

Sabemos que existem muitos outros termos e conceitos importantes para esse contexto que não foram listados aqui, mas aqui nossa proposta é te convidar a dar um primeiro passo no assunto.

Navegue pelo conteúdo:

• Termos do desenvolvimento de software para conhecer
  • Base única de dados
  • Blockchain
  • Bug
  • DevEx
  • MVC
  • MVP
  • Roadmap
  • Sprint
  • Test Driven Development (TDD)
  • Front-end, back-end ou full-stack?

É importante entender que base única de dados é um conceito de gerenciamento dos dados. E, de forma simplificada, que permite conectar informações de diferentes sistemas em um único ambiente, unificando seu compartilhamento. Então, a definição do que é uma base única de dados pode variar de acordo com o contexto, as necessidades e os requisitos específicos do projeto. Em resumo, uma base única de dados é uma abordagem que pode garantir a consistência, precisão e confiabilidade dos dados compartilhados em uma organização. 

Esse termo se tornou bastante popular nos últimos anos, principalmente por estar associado às criptomoedas e ao mercado financeiro. Blockchain é uma tecnologia que funciona como uma base de dados descentralizada. Ela pode ser vista como um livro-razão digital, imutável e distribuído, ou seja, gravado em vários dispositivos de forma simultânea. Seu objetivo é garantir que os dados originais continuaram intactos em todas as outras blockchains gravadas em outros computadores em caso de invasões dos ambientes digitais em que estão armazenados.

Create (criar), Read (ler), Update (atualizar) and Delete (excluir). Este é o CRUD, sigla que nomeia um padrão de implementação baseado em um ciclo de desenvolvimento que fornece um conjunto simples e eficiente de operações para o gerenciamento de dados em diversas plataformas e tecnologias. Entre suas vantagens, está a possibilidade de simplificar o desenvolvimento, tornando-o assim mais rápido e eficiente, além da padronização das operações, o que beneficia a manutenção e comunicação das equipes.

Developer Experience (DevEx) é o termo que define a qualidade da experiência e do trabalho dos desenvolvedores. São práticas que impactam na facilidade e satisfação ao trabalhar com a criação de produtos digitais. Elas têm sido bastante discutidas nas conversas de tecnologia pois podem proporcionar uma jornada positiva, facilitando as atividades para contribuir com a produtividade de desenvolvedores durante o projeto de um produto digital.

MVC é a sigla dos termos model, view and controller, que em tradução para o português, significa “Arquitetura modelo, visão e controle”. Trata-se de um modelo de arquitetura de software que separa as diversas funções dos componentes de software em camadas.

Esse padrão, amplamente utilizado por desenvolvedores desde sua criação, nos anos 1970, tem como objetivo facilitar desde a manutenção até a escalabilidade e responsabilidades atribuídas em uma aplicação.

Já MVP é a sigla para minimum viable product, que significa "mínimo produto viável", ou seja, é o produto em sua versão mais elementar. Sua criação prioriza o serviço principal que é oferecido pela solução desenvolvida. Essa prática torna mais ágil e vantajoso o processo de aprovação das funcionalidades mais importantes dessa solução. A partir da criação do MVP, é possível realizar ajustes de forma mais assertiva, pautados no feedback dos usuários. Em alguns casos, a depender da urgência, o MVP pode inclusive ser lançado para o público, ao mesmo tempo em que, em etapas, vai recebendo atualizações com ferramentas incrementais.

O roadmap pode ser definido como um documento que apoia o processo de tomada de decisão durante o projeto de tecnologia. Neste mapa são sintetizadas as tarefas, os objetivos parciais e os riscos associados à execução da solução. Nele consta a descrição de premissas e modelagem de potenciais experimentos que devem ser realizados no decorrer do trabalho de desenvolvimento de software. Portanto, o roadmap precisa responder três questões: onde estamos, onde queremos chegar e como chegar. Vale reforçar que o roadmap não é um cronograma, mas sim um recurso que proporciona uma visão mais gerencial das entregas.

O conceito de sprint surgiu nos anos 1990, a partir de observações de Jeff Sutherland, o criador da metodologia ágil Scrum, que considera entregas parciais de um projeto ao longo de todo o ano, ao invés de uma única entrega ao final do período. Essas entregas parciais ocorrem ao final de cada sprint, ou ciclos de trabalho, cuja duração é fixa, mas sempre definida pela própria equipe. Sendo assim, pode-se estabelecer, por exemplo, que os sprints de um projeto terão a duração de uma semana, duas semanas, ou até um mês, dependendo da complexidade das atividades. O importante no conceito é definir um período de tempo realista para que seja possível iniciar, desenvolver e concluir uma determinada quantidade de trabalho apresentável.

Test Driven Development (TDD) é o conceito que define o desenvolvimento orientado a testes. É uma técnica aplicada no desenvolvimento de software que possibilita escrever um código simples, claro e seguro. O objetivo do TDD é melhorar a qualidade dos códigos, tornando-os sustentáveis, uma vez que a qualidade do código inicial reflete em redução de problemas maiores no futuro. Logo, essa prática pode facilitar o processo de escalonamento do sistema que está sendo desenvolvido. O Test Driven Development remete à ação em que a pessoa desenvolvedora de software escreve um teste para o código antes mesmo de escrever o próprio código da funcionalidade, para assim compreender melhor sobre o seu funcionamento e evitar bugs futuros.

Existe uma dúvida bastante comum entre os iniciantes no desenvolvimento de software sobre as diferenças entre o que é back-end, front-end e full-stack. Então, vamos retomar os conceitos que já abordamos no Blog da Caiena.

Back-end diz respeito aos bastidores do desenvolvimento de um produto digital, ou seja, sobre o que está por trás dos sistemas e não vemos no momento da interação. É no back-end que se encontra toda a inteligência de uma aplicação, e é ele quem responde e salva todas as informações e armazena suas regras e consistências.

Já o termo front-end refere-se à parte do produto digital que é visível, onde ocorre a interação com o usuário. Esta etapa do desenvolvimento é composta, basicamente, por três elementos: estrutura, aparência e dinâmica. Neste momento, são pensadas questões de usabilidade, tempo de carregamento da página, efeitos visuais e toda a experiência do usuário.

E o full-stack designa os desenvolvedores que têm ambas qualificações – back e front-end. Ou seja, é uma pessoa com perfil multidisciplinar, com habilidades para atuar em diversas partes do projeto de tecnologia. 

Para finalizar nosso conteúdo, temos um recado para pessoas que estão buscando oportunidades em tecnologia: acesse a área Carreiras do nosso site e candidate-se às vagas abertas na Caiena!